sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Assembléia geral dos Estudantes - 27 de outubro

É deliberada por maioria esmagadora a continuidade da greve, em assembléia realizada na noite do dia 27 de outubro. Também ressaltou-se a necessidade na politização da pauta e no inicio da ação conjunta com a comunidade.

Carta dos estudantes aos docentes e técnicos administrativos da Unifesp

Insatisfeitos, sem respostas concretas da Diretoria Acadêmicae da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis à nossa pauta dereivindicação, deliberamos a paralisação das aulas no dia 21/10em Assembléia Geral dos Estudantes.
Estamos mobilizados pela imediata construção do prédio definitivo docampus Guarulhos, a redução do preço do bandejão, o fim da terceirização dorestaurante universitário, a construção de moradia estudantil no entorno docampus, a implementação imediata da linha de ônibus Itaquera – Pimentas, agarantia da conclusão de curso em oito anos.
É de conhecimento da nossa comunidade a expansão universitáriaocorrida coma criação dos campi Baixada Santista, Guarulhos, São José dosCampos e Diadema. São muitas as reclamações da falta de prédios e de uma política efetiva de Permanência Estudantil.
Sabe-se que os problemas de infraestrutura afeta a todos, inclusiveos docentes e técnicos, interferindo em suas condições de trabalho. Atingetambém o projeto acadêmico do campus, a exemplo, a reprovação deprogramas de pós-graduação.
As agências fomentadoras (FAPESP e CAPES) exigem infraestruturaadequada para aprovação dos projetos. O projeto de pós-graduação emCiências Sociais do Campus Guarulhos pode ser descredenciado por nãoatender o mínimo de estrutura exigido pelas agências. O curso precisourecorrer à decisão da CAPES para que fosse implantado este ano.
Acreditamos que as melhorias nas condições de ensino e de trabalhoserão conquistadas por meio da mobilização dos estudantes, docentes etécnicos administrativos, tem sido assim historicamente.
Os problemas que atingem a todos se manifestam de formas
específicas e vemos nossos servidores atravessando dificuldades daordem da insalubridade das condições de trabalho ao assédio moral. Aregulamentação das atividades se limita aos editais de contratação que,por serem muito abrangentes, abrem espaço para a atribuição aleatória edesmedida das funções por parte das direções.
A incapacidade administrativa é notável. Principalmente nos novoscampi a estrutura de recursos, em especial os recursos humanos, ficammuito aquém de qualquer projeto de administração. A centralização nocampus São Paulo emperra todas as atividades através da burocracia e daconcentração de poder de decisão.
Mesmo a estrutura recém estabelecida dos conselhos centrais, e tidacomo democrática, declara seu conservadorismo através da maioria deprofessores titulares da V. Clementino presentes em sua instância superior, o CONSU.
É importante ressaltar que os servidores em geral sofrem com a faltade informação, a falta de formação e falta de transparência por parte das pró-reitorias, que não divulgam seus procedimentos, seu modo de atuar, nãorealizam um planejamento claro e objetivo.
Dizem promover uma tomada democrática para a construção deuma universidade ampla e de qualidade, enquanto utilizam dos serviçosterceirizados, promovendo o subemprego, a atuação das Fundações deApoio Privadas, assim como disseminação da desinformação entre não só osfuncionários como também os estudantes e docentes.

Carta aberta à opinião pública

Esta comunicação tem como objetivo colocar a opinião pública ciente da grave situação enfrentada pelos estudantes da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), do campus de Guarulhos, com relação à infraestrutura necessária para o bom desempenho de seus trabalhos acadêmicos, do qual depende a qualidade dos futuros educadores, pesquisadores, escritores e de todos os profissionais em formação nessa faculdade de “Humanidades”.
O campus da UNIFESP de Guarulhos foi fundado em 2007 e há quatro anos sofre as consequências do descaso das autoridades competentes e dos entraves impostos pela burocracia institucional. Entraves estes que se configuram como um crime contra a educação pública e a liberdade de produção intelectual.
Desde a fundação várias mobilizações estudantis foram levadas a cabo com o intuito de que se conseguissem condições mínimas para a permanência e o desenvolvimento dos educandos em formação.
A última delas alcançou algumas conquistas essenciais, como a construção de um restaurante universitário, que foi disponibilizado em caráter provisório pela necessidade urgente, mas permanece a mais de um ano atendendo de forma precária. Outra vitória para o movimento foi a substituição da reitoria corrupta que utilizava a verba que deveria servir à educação para a satisfação de luxos pessoais à custa do dinheiro público.
Mas os nossos problemas e motivos de mobilização não pararam por aí.
Há um projeto de expansão do campus que vem sendo negociado desde as primeiras mobilizações dos estudantes e que continua categoricamente sendo deixado em segundo plano, apesar da chegada de mais estudantes a cada ano. Para que se pudessem acomodar tantos estudantes, a Universidade teve que ocupar o prédio do CEU Pimentas – Guarulhos, ao lado do campus, que deveria servir à comunidade local atendendo alunos de Educação Básica e servindo aos jovens da região como um espaço de lazer e cultura.
Não consideramos justo e cabível ocuparmos um espaço destinado às crianças da rede municipal, quando há um projeto que já deveria ter sido concluído, cujas verbas estão congeladas por motivos que nos escapam. Exemplo disso é que o projeto de expansão do nosso campus é anterior ao projeto do novo prédio da reitoria (que já foi construído) na Vila Mariana e está em pleno funcionamento. Perguntamos: quais os obstáculos existentes para a aprovação e efetivação do primeiro e que não impediram a feliz concretização do segundo?
Salientamos que a boa acomodação da reitoria é imprescindível para o bom funcionamento administrativo de uma instituição de educação superior. Porém, havemos de concordar que não ter um prédio para recepcionar novos alunos, organizar uma biblioteca digna dos pesquisadores ativos que pretendemos formar e não oportunizar condições de moradia, de transporte e de alimentação para a permanência desses educandos constitui-se em uma clara violação dos direitos constitucionais da sociedade que cada vez mais se conscientiza da importância da educação para uma nação verdadeiramente democrática e independente.
É importante salientar que o conhecimento necessita de movimento, de fácil acesso e o fato de termos livros empilhados e distantes de nossas mãos e de nossos olhos por falta de prateleiras e de um espaço adequado para sua acomodação nos faz pensar no crime contra a liberdade de produção intelectual e democratização desse conhecimento que está sendo perpetrado entre os muros dessa instituição.
É por isso que nesse momento nos dirigimos à sociedade brasileira para manifestar nossa indignação, preocupação e nossa disposição para continuar lutando para que nós, nossos filhos e netos tenham condições cada vez melhores de se desenvolverem moral e intelectualmente, apropriando-se do saber culturalmente produzido, única forma de construirmos um cidadão pleno.
Levando em conta tal situação, nós estudantes, do campus Guarulhos e do campus da Baixada Santista, que vivenciamos dificuldades similares, nos vimos obrigados a paralisar nossas atividades acadêmicas para nos unirmos buscando efetivação e concretização das promessas que nos são feitas há anos.
Estudantes do campus de Guarulhos da UNIFESP.

Protesto marca posse do conselho universitário

Da Página da Adunifesp – Por Rodrigo Valente
Estudantes de vários Campi da Unifesp, sobretudo Santos e Guarulhos, ocuparam o auditório Marcos Lindemberg durante o ato de posse do novo Conselho Universitário, para protestar por melhores condições de permanência e infraestrutura na Instituição. O estudante Klaus Fisher leu uma carta em nome do Conselho de Entidades, criticando os poucos avanços democráticos da reforma do Estatuto da Instituição. Este foi o primeiro Conselho Universitário eleito já sob as novas regras estabelecidas pelo “novo” documento. Clique em leia mais para visualizar a carta na íntegra.

FALA DO CONSELHO DE ENTIDADES NA POSSE DO PRIMEIRO CONSELHO UNIVERSITÁRIO DA UNIFESP APÓS A REFORMA DO ESTATUTO (2007-2010)
São Paulo, 22 de outubro de 2010.

Bom dia a todas e a todos os membros da comunidade UNIFESP,
Em primeiro lugar, gostaria de lamentar a limitação do espaço para o pronunciamento das entidades representativas da comunidade UNIFESP. Todas as entidades se esforçaram, ao longo de 3 anos, para participar do processo de Reforma do Estatuto de forma a garantir a democratização desta Universidade.
Infelizmente, não alcançamos a maior parte dos nossos objetivos. A questão da democracia na gestão desta Universidade ainda é bastante restrita. Só a partir desta sessão solene a Universidade sairá da ilegalidade e passará a cumprir a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, garantindo 30% de representação aos segmentos dos não-docentes. Entendemos que esta concentração de poder na Universidade é prejudicial ao avanço da instituição e exclui os estudantes e os trabalhadores técnico-administrativos da tomada de poder. Além disso, não podemos deixar de destacar que, mesmo dentro da categoria docente, há ainda uma acentuada desigualdade. No Conselho Universitário, por exemplo, os professores titulares mantêm ainda 50% de toda a representação docente e cerca de 20% de todas as vagas do CONSU. Reafirmamos aqui o nosso compromisso em continuar lutando pela paridade na Universidade e pela igualdade entre a categoria docente.
Não podemos deixar de colocar aqui o problema representado pela expansão desenfreada da UNIFESP, iniciada em 2005 e acelerada pelo REUNI. Os campi da UNIFESP mantêm déficits infra-estruturais incompatíveis com a execução das atividades da Universidade, que, obviamente, não podem ser realizadas embaixo de árvores. No campus Baixada Santista, por exemplo, persiste ainda a ausência de instalações definitivas para a Universidade. Além disso, não existem quadras e outras instalações para as atividades do curso de Educação Física. Em Guarulhos, há ausência de uma biblioteca suficiente para o campus persiste como um problema estrutural.
Defendemos, indubitavelmente, a ampliação do acesso ao ensino superior público e gratuito em todo o país. No entanto, isto não pode ser feito à “toque de caixa”. É necessário um planejamento adequado! Os cursos precisam de docentes, servidos técnico-administrativos, salas de aula, bibliotecas, laboratórios e muito mais para começarem as suas atividades. Esta Universidade está cometendo mais um grande erro em iniciar as atividades do campus Osasco com o pequeno número de docentes que temos já concursados.
A criação de um Conselho de Assuntos Estudantis é, com toda certeza, uma vitória deste Conselho de Entidades e de toda a UNIFESP. No entanto, as necessidades no âmbito da assistência estudantil são emergenciais e precisam ser resolvidas imediatamente. É inaceitável que continuemos sem uma política de permanência! Os auxílios hoje constituídos não são suficientes para o número de estudantes que precisam e nem sequer representam uma política definitiva neste setor.
Precisamos, urgentemente, de restaurantes universitários e leitos de moradia estudantil em todos os campi. Os restaurantes devem estender seus benefícios a toda a comunidade universitária, não somente os estudantes de graduação. Pós-graduandos e muitos servidores necessitam dos subsídios às refeições para manter uma dieta adequada quando de sua permanência na Universidade. A moradia estudantil tem que ser um compromisso da UNIFESP a partir deste momento. O campus São Paulo, por exemplo, apesar de sua história de mais de 75 anos, não conta nenhum leito. Os estudantes do campus Baixada Santista continuam com atividades paralisadas em campanha pela permanência estudantil, esperando respostas e medidas efetivas por parte da Universidade. Vamos esperar quanto tempo mais para que esses problemas sejam resolvidos?
Não podemos esquecer, também, da questão do Hospital São Paulo. Esta Reitoria, quando em campanha eleitoral, comprometeu-se com o projeto de federalização do HSP. Não nos contentamos com o contrato de gestão firmado entre a UNIFESP e a SPDM, que apenas formaliza legalmente as irregularidades históricas desta relação. Defendemos a federalização plena do HSP, com gestão direta da UNIFESP, e convidamos à Reitoria a colocar-se ao nosso lado nesta batalha.
Por fim, mantemos o nosso compromisso histórico, de lutar por uma UNIFESP 100% pública, gratuita, de qualidade e democrática. Esperamos poder contar com o apoio de todos os representantes eleitos pela comunidade na construção desta Universidade que queremos.
Muito obrigado,
Conselho de Entidades da UNIFESP

fonte: http://unifespemgreve.wordpress.com/2010/10/24/adunifesp-protesto-marca-posse-do-conselho-universitario/

Unifesp - Guarulhos em GREVE!

Na Assembléia dos estudantes da UNIFESP Guarulhos realizada na noite do dia 21/10, os estudantes decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. Atualmente os novos campi UNIFESP possuem pouca ou nenhuma estrutura, como bibliotecas, laboratórios ou quadras poliesportivas, vitais para o pleno funcionamento de uma Universidade, e carece de uma política eficiente de permanência estudantil, como bolsas-auxílio, moradia estudantil e restaurante universitário, dificultando o acesso dos estudantes mais pobres à universidade.
Diante da carência de respostas concretas aos problemas apresentados pelos estudantes, decidimos paralisar as atividades acadêmicas e aumentar a pressão junto a Reitoria, somando-nos aos estudantes da UNIFESP Baixada Santista, que começaram a paralisação já no dia 06/10.

Principais reivindicações:

  1. Construção imediata do novo prédio definitivo do campus Guarulhos;

  2. Diminuição do preço da refeição do bandejão - Fim da terceirização do R.U.;

  3. Implantação imediata da linha de ônibus Itaquera – Pimentas;

  4. Construção da moradia estudantil próxima à Universidade

  5. Garantia da conclusão da graduação (não ser jubilado antes dos oito anos de curso).